Após 20 anos sem representação feminina, a Câmara Municipal de São Gonçalo do Amarante, tem a presença de três mulheres eleitas: Dulcia Carvalho (PDT), Elsa Rodrigues (PRTB) e Naira do Josinaldo (PTC).
A composição mista no legislativo foi um dos debates importantes durante o pleito eleitoral do ano de 2020.
O Brasil ainda luta para incluir mulheres em espaços públicos como a política. Sob nova regra prevista no artigo 10, parágrafo 3º da Lei nº 9.504/1997 (Lei das Eleições), as municipais contaram com 30% das vagas para a participação feminina e 70% em ampla concorrência. O resultado veio com o numero recorde de mulheres eleitas.
Segundo a professora da PUC Minas e Diretora-Presidente da Associação Visibilidade Feminina, Poliana Santos, o preconceito é muito cultural e a lei não vai mudar costumes a curto prazo, mas ter um instrumento de punição traz impacto. Assim os resultados esperados serão vistos de forma gradativa. O número de mulheres eleitas em 2020 foi de 33,6%, não ficando muito acima da cota obrigatória. Entretanto, o resultado anima, pois está em ascendência em comparação a números dos últimos pleitos.
Uma Casa mais igualitária também se faz com a participação popular. O Legislativo Municipal reforça o convite para que os gonçalenses tenham participação ativa, fiscalizem e acompanhem seus vereadores e vereadoras, assim, a sociedade civil, tão importante no processo democrático, continuará contribuindo para decisões mais justas para todos e todas.