Os municípios são compostos por distritos, e estes têm bairros e ruas. Cada uma delas recebe denominação em homenagem a alguém que realizou algum feito pela localidade ou tenha desempenhado atividade em prol do Estado ou país. Esta é uma das formas que encontramos de eternizar nomes de pessoas que dedicaram seu tempo para alguma atividade de valia.
Na sede do município de São Gonçalo do Amarante, ali na esquina da Praça das crianças e do Patronato, na calçada da casa em que seu Chico repousava em sua cadeira de balanço, há uma placa em que se lê “Francisco Albenir Moreira de Matos”.
Talvez você tenha passado por lá pelo menos uma vez e não se deu conta do quanto a casinha antiga que se encontra ao lado da placa conta histórias. Seu Chico trabalhava no cartório e, por ser muito conhecido, se tornou padrinho de inúmeras crianças não só de São Gonçalo, mas também de municípios vizinhos.
Por efeito de seu trabalho, Chico Albenir sabia o nome de quem nascia e quem partia do nosso convívio e assim, desenhou uma espécie de registro próprio sobre a origem dos sobrenomes gonçalenses. Ele sabia quem havia sido mãe, pai, irmão e parentes próximos. Tornou-se um colecionador de histórias que, em seu caderninho guardava a árvore genealógica das famílias de São Gonçalo do Amarante.
Quando ele faleceu, sua antiga máquina de escrever, em que fazia os registros, foi guardada na casa onde morou por muito tempo. A árvore genealógica do município parou de crescer, mas o certo é que, possivelmente ele teria gostado bastante do local escolhido para sua homenagem. Ali, no mesmo lugar em que observava a vida passar, nos fins de tarde da cidade que tanto amou.